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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Odebrecht diz que obra é retomada com acabamento e instalações


         Com parte da obra interditada e o uso de guindastes vetado, os operários do estádio do Corinthians recomeçaram nesta segunda-feira (2) o trabalho com foco em serviços de acabamento e instalações. "O cronograma segue normalmente em todos os prédios, exceto em 30% da área do prédio leste (equivalente a menos de 5% da obra), área interditada pelas autoridades", informou em nota a Odebrecht.
          Por volta das 8h desta segunda, os funcionários fizeram uma homenagem aos companheiros mortos: eles rezaram antes de iniciar os trabalhos. O ex-presidente alvinegro Andrés Sanchez e um padre participaram do ato.
          A empresa diz que, nos três níveis de subsolo do prédio, os trabalhos já estão praticamente concluídos. As atividades também prosseguem no gramado com manutenção, fixação de fibras sintéticas e instalação dos sistemas de resfriamento da grama.
                        Susto na memória
         O ajudante-geral Edimilson Souza da Silva, de 26 anos, disse que a lembrança do acidente está muito presente. “Eu estava próximo do local do acidente. Penso que eu podia ter perdido a vida também. Saber que dois companheiros que trabalhavam com a gente não vão estar mais aí é muito doído”, afirmou.
         Os marmoristas Pedro Barbosa Lima, de 43 anos, e Geraldo dos Reis, de 49 anos, que trabalham na construção há 6 meses, também estavam cabisbaixos. “Eu volto com o coração amarrado por causa dos colegas. A gente estava descansando a uns 40 metros do acidente. Ouvi o barulho e ainda vi o guindaste despencando em câmera lenta”, disse Lima. “Na hora, eu só pensei nos colegas”, lembrou Reis.
           Na quinta-feira (28), o Ministério do Trabalho interditou operações com guindastes até que a construtora Odebrecht mostre que não há riscos para os trabalhadores de um novo acidente. Por isso, eles devem retomar atividades como revestimento de piso e as instalações elétrica e hidráulica.
           O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon) e deputado estadual, Antonio de Sousa Ramalho, voltou a Itaquera e reafirmou que mantém a versão de que um funcionário teria relatado problema no guindaste.
            Cercado de assessores, ele afirmou que o técnico em segurança que teria feito a denúncia desapareceu. “Nós não conseguimos mais falar com o técnico. As razões por que ele sumiu eu não sei. Pode ser porque ele está temendo alguma coisa. Espero que ele apareça e assuma”, disse Ramalho.
       

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